A ESPECTADORA
Miguel Castro Caldas
Concepção e design da Capa: Filipe Pinto
1.ª edição – maio 2024
70 páginas
Formato 140mm X 200mm
pvp – 10€ – Comprar
A Performance A ESPECTADORA foi uma encomenda do Museu do Neo-Realismo e foi apresentada pela primeira vez em 2018.
Esta é a sua 1.ª Edição em livro.
A Espectadora, de Miguel Castro Caldas, estabelece um diálogo com a peça O MUNDO COMEÇOU ÀS 5 e 47, de Luiz Francisco Rebello, apresentado em 1947 no Teatro-Estúdio do Salitre, colocando algumas questões sobre o Texto de Teatro e a sua Performance.
Que relação pode haver entre o texto e a sua representação em palco? Entre a palavra escrita pelo autor, a performance do actor, e a relação com o espectador ?
Por exemplo, o que acontece quando – como na peça de Luiz Francisco Rebello – uma Espectadora se levanta da plateia e se oferece para fazer o papel de uma actriz que subitamente adoeceu ?
Parece um gesto espontâneo, de intervenção do público no espectáculo. A quebra da quarta parede, como se diz.
Mas, eis que ao lermos o texto da peça, está lá escrito: “Uma espectadora……………Maria Celeste
e de seguida a “Espectadora” profere as palavras anteriormente escritas pelo autor.
A ESPECTADORA, de Miguel Castro Caldas, convida-nos a entrar no teatro, de olhos e ouvidos bem abertos, sob a epígrafe de Diderot: “Que [o autor] faça apelo aos ridículos em voga, aos vícios dominantes, a acontecimentos públicos; que instrua e deleite, mas que seja sem pensar nisso. Se o seu objetivo se nota, ele não o atinge; ele deixa de dialogar, faz um sermão.”
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Sobre o Autor
Miguel Castro Caldas (1972) escreve peças de teatro, ergue e desmantela espectáculos. Dá aulas de teatro, literatura e artes marciais na licenciatura em Teatro na Escola Superior de Artes e Design (ESAD), na Pós-Graduação em Artes da Escrita na Faculdade de ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova e no Estádio Universitário da Universidade de Lisboa. A sua obra publicada está dispersa na colecção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos, Culturgest, Primeiros Sintomas, Douda Correria, Imprensa Universitária de Coimbra e Ambar. Traduziu Samuel Beckett, Harold Pinter, Ali Smith, William Maxwell, John Kolvenbach, Joyce Carol Oates, Salman Rushdie, Senel Paz, Tenesse Williams, entre outros. Ganhou uma Menção Honrosa em 2005 pela actividade de dramaturgo pela Associação de Críticos de Teatro e o prémio SPA 2017 para melhor texto português representado com Se Eu Vivesse Tu Morrias. Em 2024 ganhou uma bolsa da ETC Translation Grants para a tradução para a inglês de A Fragilidade de Estarmos Juntos. Alguns dos seus textos estão traduzidos em espanhol, francês, húngaro, mandarim, inglês e italiano.