LlANSOL «A VOCAÇÃO DO EXÍLIO» Organização de João Barrento
PVP – 12 € COMPRAR

 

 

Para mim, o exílio faz parte da escrita, e não quero 

perdê-los; dá-me o afastamento de pressões, a

distância para poder ver sem entraves e imaginar…

Primeiro, conheci o desconhecido; depois, desconheci

o que conhecera; mais tarde, abordei o que conheço /

voltei para o conhecimento como quem desconhece.

 

“Cidade de Lisboa. Onde nasci.

No desejo de coisas que não via, fui mantida até à minha saída libertadora para o exílio. Mantida por um antepassado, coisa, planta, homem, animal, organização cósmica. Não sei. Agora, neste breve regresso que é já partida, o meu maior descanso é parar numa mesa de café entre desconhecidos do meu nascimento…

Deixo-me estar e ficar escrevendo, isto é, acumulando o futuro. E talvez daqui a um tempo, numa cidade hermética como esta, nem floral nem aérea, nem arbórea, uma pessoa descendente de mim, mulher sem filhos, seja chamada pelo desejo do exílio e afirme a sua vontade noutro território deste país, a Bélgica, ou nos campos desta terra, ou em qualquer outro lugar benéfico do mundo…

Quem parte daqui? Quem regressa?

Nas entrelinhas a vocação do exílio.” (Caderno 1.02, 9 folhas avulsas)

 

Índice

As Sétimas Jornadas em imagens

João Barrento Pórtico

I – Intervenções

João Barrento O espírito da distância / José Manuel de Vasconcelos Do exílio do reino ao reino do exílio: errância e indeterminação na escrita llansoliana / Teresa R. Cadete Tesouros do exílio no mundo das aparências: de Hannah Arendt a Maria Gabriela Llansol / Ilse Pollack «Solidão com solidão se paga»: os exílios de M. G. Llansol e Uriel da Costa / Hugo Monteiro Cantos do ExílioO algures como elemento do texto em Llansol / Maria Carolina Fenati Exílio, língua, escrita / Maria de Lourdes Soares Exílio, êxodo, Há sobre Há: «a nostalgia de um falcão para cada punho»

II – Novos livros

Maria Etelvina Santos O Azul Imperfeito – Livro de Horas V / Cristiana Vasconcelos Rodrigues Pensar o fragmento em Llansol (a propósito de «O Império dos fragmentos». Llansol e a exigência fragmentária).

III – «Sem país em parte alguma» – Llansol sobre o exílio.

 

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