«O IMPÉRIO DOS FRAGMENTOS» Llansol e a exigência fragmentária
Organização de João Barrento
PVP – 12 € COMPRAR
Para a rosa dos fragmentos
_____as imagens dos fragmentos não
se fixam definitivamente num momento único /
em únicos momentos; amadurecem no
percurso do corpo a escrever da mulher
que aparece e desaparece sob a ramagem do
plátano. Ao ressurgir traz consigo mais um fragmento___
(M.G.Llansol, Caderno 1.69, 30 de Outubro de 2004)
Maria Gabriela Llansol não é uma escritora do fragmento enquanto género. Nela, como lemos num dos cadernos do espólio, «os géneros do discurso estão ausentes, e a língua renova-se». A «exigência fragmentária» de Llansol é da ordem do orgânico, nasce dos impulsos do corpo no dia a dia da escrita, e o fragmento foi desde sempre a forma informe e natural dessa escrita. O que conhecíamos já dos seus livros vê-se confirmado e reforçado pelos testemunhos que podemos encontrar nos seus cadernos, onde todos os livros foram nascendo. Aí se fala de «fragmentos em bruto», aí se lê «Onde encontrei obra foi no fragmento»; «nestes cadernos eu deponho, escrevendo à primeira mão da madrugada, a base de meus textos. É este verdadeiramente o impulso estruturador do trabalho subsequente.
Este livro reúne as comunicações apresentadas nas Sextas Jornadas Llansolianas.
Índice
As Sextas Jornadas em Imagens
João Barrento Pórtico
I – Intervenções
Gonçalo M. Tavares Fragmento: fogo, floresta e clareira / João Barrento O «mal de arquivo» e «o império dos fragmentos» / Tomás Maia O fragmento completo / Isabel Cristina Mateus Fragmentos e outros lugares improváveis: os Diários de M. G. Llansol / Elisabete Marques A via do fragmento, o fulgor das imagens / Gilda Oswaldo Cruz Configurações musicais na prosa de Maria Gabriela Llansol / Gilda Oswaldo Cruz Técnicas de composição em Os Cantores de Leitura
II – Novos livros
Isabel Santiago A Exigência do Fragmentário ou o Livro das Imagens: O Mosaico Hebraico da Escrita
II – Maria Gabriela Llansol: «O império dos fragmentos»