A UNDÉCIMA PRAGA E OUTROS CONTOS

António Vieira

Como Homenagem a Victor Silva Tavares.





Capa de Aurélien Boyer-Moraes
sobre imagem de O Triunfo da Morte,
de Pieter Bruegel, o Velho (1562).

PVP – 14€

 

Nos 12 contos que reúne neste Volume, António Vieira confirma a sua paixão pelas viagens, pelas “outras” culturas, pela história, … enfim pelo humano ao longo do tempo e em todos os lugares. E nós, leitores -companheiros de viagem destas histórias, desfrutamos da erudição, do conhecimento, da sensibilidade desta escrita. Sobre os tempos destas histórias, diz-nos António Vieira:

“A DURAÇÃO NA NARRATIVA

A Undécima praga percorre o tempo de pouco mais de dois anos. O festim atravessa todo o tempo da História, até à consumação dos tempos. O grande luto completa-se ao fim de quase doze horas. O Texto apócrifo de Heródoto teria sido escrito após conjectural estadia do historiador na Palestina, cuja duração ignoramos. Apuração do herói decorre em pouco menos de um ano: o epílogo situa-se vinte e cinco anos mais tarde. A viuvez da rainha ou Prelúdio ao desfloramento da rainha desenrola-se ao longo de seis dias. O episódio de A ânfora toma poucos minutos do seu narrador. Quai Branly dura o tempo onírico de uma noite. O bom selvagem prolonga-se por cerca de um ano. Sentenças de além-túmulo demora o tempo da leitura de um bilhete. Encontros tardios decorre entre uma lua nova e o quarto minguante que se lhe segue. A passagem ou O regresso do caçador Gracchus ocupa cerca de quatro horas do seu narrador – mas, para Gracchus, reflecte o tempo metafísico da eternidade.”

 

António Vieira nasceu em Lisboa, em 1941. A sua escrita compreende romances (entre os
quais Doutor Fausto, 1991, Imprensa Nacional, e 2014, Fim de Século), narrativas breves
(Dissonâncias, 1999, &etc; Olhares de Orfeu, 2013, &etc), teatro (O Oráculo, &etc,
2015), ensaios (Ensaio sobre o termo da história, 1994, Hiena, e 2009, Fim de Século;
Improvisações sobre a ideia de Deus, 2005, &etc) e, recentemente, textos para uma
antropologia fenomenológica (O perceber do mundo: o Ser e o saber, 2020, Mariposa
Azual; Elogio da descrença, 2021, Companhia das Ilhas).

 

 

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